RICARDO BLACK – NEGRA VOZ – BRASILIDADE NEGRA

black 9

 

Ricardo BlackRicardo Black

Cearense, nascido em Fortaleza, José Ricardo de Souza Ferreira é filho do tenente do Exército José André da Costa Ferreira – in memoriam, e da costureira cearense de Fortaleza, Zuleide de Souza Ferreira. A verve artística foi herdada do pai, Maranhense, de São Bento, Mestre André era maestro – trombonista na Banda de Música do 23º Batalhão de Caçadores, contrabaixista da Orquestra Sinfônica Henrique Jorge, foi também um dos maestros fundadores da Banda de Música do Piamarta, no bairro Montese em Fortaleza, estado do Ceará.

Ricardo Black – ator, produtor cultural, mestre de cerimônia e intérprete –  iniciou a sua carreira artística aos 7 anos, participando inicialmente do Clube Infantil, nas tardes de sábado, na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, e, de lá, para os programas da extinta TV Ceará – Canal 2, no Show do Mercantil e Por que hoje é sábado – do apresentador Augusto Borges, e de diversos programas da época como o Clube de Heróis, do saudoso Matos Dourado, tendo participado, ainda, da telenovela Futurama, com direção de Ary Sherlock,  na então TV Educativa – Canal 5. Integrou, como clarinetista, as bandas dos colégios Piamarta Montese e Piamarta Aguanambi onde, neste último, também participou como cantor.

Com o fim do casamento de seus pais, Ricardo Black ingressou na Igreja Batista e se dedicou ao canto da música sacra, tornando-se conhecido pelo imenso público das diversas denominações evangélicas no Ceará e Nordeste. Diante dessa nova realidade, ingressou no curso de Teologia do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife – Pernambuco, onde estudou canto e participou de vários corais: Coral Sinfônico, Madrigal e Coral do Conservatório de Música de Pernambuco. Em Recife, participou, ainda, como intérprete, de Festivais de frevo e maracatu.

Ao retornar para Fortaleza, fez parte do Coral do Povo (jornal O Povo) e do Coral Zoada.

Em seguida, vieram os festivais: Festival Cana-Verde, Festival de Música de Camocim, Voz de Ouro do Ceará, Terral, Festival Vida e Arte, MPB Petrobras e Polifonia, dentre outros. Em 1995, foi escolhido o melhor intérprete no V Canta Nordeste (Rede Globo), sendo este o primeiro prêmio do Ceará naquele Festival, ocasião em que defendeu o blues “Latitude”, em homenagem à cidade de Fortaleza, de autoria de Flávio Paiva e Tato Fischer.

A partir desse Festival, recebeu convite para cantar na Europa, para onde foi em 1997, lá permanecendo por alguns anos. Em Zurique, na Suíça, foi a principal atração do carnaval brasileiro de 1997, no Casino Zürichhorn.

Já em Berlim, em seus shows e temporadas, dividiu o palco do restaurante brasileiro Taba, com músicos do quilate de Bocato, Eudinho Soares, Zé Eugênio, para citar alguns. Participou das gravações do CD Karneval der Kulturen – Volume 1, interpretando a faixa “Recordando os 4 elementos” (Sapucaiu no Samba), sendo esta faixa o BG das chamadas de rádio e de televisão para o Carnaval daquele ano de 1998, além de ter o seu trabalho citado na revista alemã Zitty. Um dos momentos inesquecíveis na capital alemã foi participar do show instrumental do trombonista Bocato (ex-músico da inesquecível Elis Regina), em sua turnê pela Europa, e uma big band, em pleno jardim inglês, no famoso Parque Tiergarten, onde interpretou o clássico “Carinhoso” para uma multidão que o prestigiou rendendo-lhe calorosos aplausos.

Já em Modena, Itália, participou das gravações do CD Utukutu, da cantora cearense Maruça.

Em 2002, lançou seu primeiro álbum solo: Samba do Metrô Amor, gravado inicialmente em Berlim e concluído em Fortaleza, em 2003. Com sua voz em tom grave, Ricardo Black mostra neste disco toda a universalidade de sua música e as influências que teve em sua vivência nas terras germânicas. A participação de Ângela Küster, cantando em alemão, na faixa “Por que não? ” é um exemplo. Mas nele também temos a participação especial de David Duarte, Paula Tesser, Jabuti, Eudinho Soares, Zezé Fonteles e Anastácia. Uma parceria muito interessante é na faixa “Latitude”, de Flávio Paiva e do músico paulista Tato Fisher. A produção musical e executiva do CD foi do próprio Ricardo Black e contou com músicos cearenses como Denilson Lopes, Ítalo Almeida, Renno Saraiva, Márcio Resende, Otto Júnior, Nélio Costa e Pantico Rocha.

Ao longo de sua carreira, teve o privilégio de dividir o palco com artistas como João Nogueira, (ao lado da cantora Marta Aurélia), nos festejos do Centenário da Abolição (1988), Tunai, Nando Reis, Biafra e Jane Duboc, entre outros grandes nomes da MPB.

Ricardo Black também produziu o antológico álbum No Ceará é assim – 1995, com direção musical de Manassés de Sousa e participação de vários cantores cearenses, lançamento da Secretaria de Cultura do Governo do Ceará – Secult.

No teatro, participou das montagens de A Irmandade da Santa Cruz do Deserto – O Caldeirão, com direção de Erotilde Honório; Não Verás País Nenhum, dirigido por Júlio Maciel; e nas montagens da Ópera Don Giovanni, no Theatro José de Alencar e Teatro Municipal de São Paulo, com direção de Bia Lessa. Participou, ainda, de cursos preparatórios com atores do Théâtre Du Soleil.

No Cinema, participou do filme O Escravo, com direção de Luiz Viana; Adeus Praia de Iracema, dirigido por Iziane Mascarenhas, de As Tentações do Irmão Sebastião, com direção de José Araújo.

Já como mestre de cerimônia apresentou momentos inesquecíveis para a Cultura cearense, tais como: Centenário de Guaramiranga, Estação das Artes, Festival Jazz e Blues, Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga; Festival Cine Ceará; Festival Petrúcio Maia e Festival de Cinema Digital de Jericoacoara.

Ricardo Black, através de sua negritude e talento, canta um grande leque de compositores brasileiros e sua diversidade rítmica. Com sua voz sonora, grave e uma ginga pessoal, interpreta, principalmente, composições que penetram profundamente no coração, tornando os seus espetáculos uma grande festa de bom gosto.

Ricardo Black
Cantor/Cerimonialista/Produtor Cultural
Twitter: ricardo_black
Instagram:ricardoblackoficial
http://www.youtube.com/ricardoblack

Grandes nomes da Música Cearense – TVC Canal 5 – Documentário com o cantor Ricardo Black – Direção e produção de Ulisses Gaspar.

 

Infinitude – De autoria de Ricardo Black & David Duarte.

 

Ricardo Black cantando Luiz Assunção, com os auxílios luxuosos de Tito Freitas, Carlinhos Patriolino e Hoto Jr., músicos de primeira do cenário cearense. Vídeo de Rui Ferreira Gravado, ao vivo, no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, nos dias 20 e 21 de outubro de 2014. Projeto Polifonias.

 

Todo sujo de baton – Clássico da MPB de Belchior, na voz e no swing de Ricardo Black. Com o acompanhamento de Tito Freitas, Carlinhos Patriolino e Hoto Jr., gente de peso do cenário musical cearense. Vídeo de Rui Ferreira Gravado, ao vivo, no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, nos dias 20 e 21 de outubro de 2014. Projeto Polifonias.

 

BLACK 11) CD Karneval der Kulturen – Volume 1 – 2) – CD Festival Canta Nordeste 95 – 3) – CD – Samba do Metrô Amor.

 

BLACK 2

Cartaz e reportagem do “Carnaval do Brasil” – Casino Zürichhorn – Zürich

BLACK 3Show de lançamento do CD ” Samba do Metrô Amor” – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – 2002.

Capa do CD No Ceará é Assim – Com participação de vários cantores cearenses. Lançado pela  – Secult  – 1995.

 

BLACK 4

Início da carreira em programas de TV e show em fase adulta.

 

 

2 comentários sobre “RICARDO BLACK – NEGRA VOZ – BRASILIDADE NEGRA

  1. Bem , é muito bom ouvir e ouvir falar desse grande talento , que abrilhanta os espaços com sua voz marcante e firme. Gosto muito do trabalho sério e firme da sua trajetória artistica e cultural. Sucesso sempre nos dias futuros e dificeis que passamos. Um grande abraço Afro e Daisy Rocha do Memorial Carnaúba em Jaguaruana .

    Curtir

Deixe um comentário